Fechar X

Notas

Aula 02

Noções de Aerodinâmica

Selecione a seta para iniciar o conteúdo

SAIBA MAIS

A força que se sobrepõe ao arrasto impulsionando a aeronave para frente é a tração produzida por um motor. As quatro forças aerodinâmicas sobre uma aeronave só estarão em equilíbrio quando a aeronave estiver em voo reto, nivelada e desacelerada.

As forças de sustentação e arrasto são as resultantes da interação entre o vento incidente relativo e a aeronave. Essa força de sustentação sempre age perpendicularmente ao vento, e a força de arrasto é sempre paralela a este e na mesma direção.

De acordo com Abreu (2015), a força-peso age no centro de gravidade da aeronave no sentido para baixo. Quando a força de sustentação está em equilíbrio com a força-peso, a aeronave não ganha nem perde altitude. Se a sustentação se torna menor que o peso, a aeronave perde altitude. A aeronave ganha altitude quando a sustentação é maior.

Saiba Mais

O princípio de Bernoulli estabelece que, quando um fluido percorre um duto e atinge uma restrição ou um estrangulamento da seção transversal deste duto, a velocidade desse fluido é aumentada, ao passo que a pressão é reduzida.

O ar é um fluido.

Na figura a seguir, é possível perceber o efeito do ar que passa por um estrangulamento em um duto.

Figura 2 - Passagem de ar por um duto com estrangulamento da seção transversal
Fonte: Abreu (2015).

Nota-se que, na garganta do Venturi, a velocidade aumenta e a pressão diminui.

O fluxo de ar que atinge a superfície curva de uma asa assimétrica durante o voo produz um efeito similar ao princípio de Bernoulli. Ao tempo em que o ar transita sobre a superfície superior de uma asa (o seu extradorso), sua velocidade aumenta e sua pressão diminui. Pode-se dizer que é formada uma área de baixa pressão.

SAIBA MAIS

Devemos lembrar que a pressão do ar sobre a asa de uma aeronave em voo é menor que a pressão atmosférica, e a pressão abaixo da asa é igual ou maior que a pressão atmosférica.

Uma vez que há uma tendência dos fluidos de moverem-se das áreas de alta pressão para as de baixa pressão, o ar movimenta-se no sentido da parte inferior da asa, afastando-se da fuselagem e para cima, em volta da ponta da asa (ABREU, 2015).

O fluxo de ar resultante da diferença de pressão na asa forma redemoinhos denominados de Vortex. O ar na superfície superior tem uma tendência a se mover na direção da fuselagem e para fora do bordo de fuga da asa, e essa corrente de ar tende a formar um Vortex similar na parte interna do bordo de fuga.

O Vortex aumenta o arrasto devido à turbulência.

Figura 4 - Vórtex formado pela diferença de pressão
Fonte: Abreu (2015).

Saiba Mais

A geometria de um aerofólio determina a quantidade de turbulência que será produzida em voo. Por conseguinte, a forma da asa afeta sua eficiência.

As propriedades da seção de aerofólio diferem das propriedades da asa, ou da aeronave, devido ao formato plano da asa. Uma asa pode ter diversas seções transversais (de aerofólio), desde a parte fixa no corpo da aeronave até a sua ponta, com alteração da espessura, torção e enflechamento. As propriedades aerodinâmicas resultantes da asa são determinadas pela ação conjunta de cada seção de aerofólio em toda a extensão da asa.

A turbulência durante o voo é controlada principalmente pela razão entre a corda do aerofólio e a espessura máxima, essa razão é denominada alongamento. Podemos dizer que asas mais finas produzem maior atrito de superfície, assim como a baixa razão de fineza produz maior quantidade de turbulência. A melhor asa para uma aplicação específica é aquela que está entre os dois extremos, para controlar tanto a turbulência quanto o atrito de superfície (ABREU, 2015).

Vídeo

Para complementar o seu aprendizado assista a esse vídeo.

Aula Concluída

Você chegou ao fim dessa aula com sucesso!
Selecione o botão avançar para seguir para a referências bibliográficas.

Avançar